Vagueio de quarto em quarto, subo e desço as escadas e sinto-me como um pássaro cujas asas foram arrancadas e que insiste em se lançar contras as grades da sua gaiola escura. "Deixem-me sair para onde haja ar fresco e risos!", grita uma voz dentro de mim. Já nem sequer me dou ao trabalho de responder, e deito-me no divã. O sono faz com que o silêncio e o medo terrível passem mais depressa, ajuda a passar o tempo, uma vez que é impossível matá-lo.
Diário de Anne Frank, p. 192
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